quarta-feira, 30 de abril de 2008

São Paulo – Beneficiada por estabilidade financeira e inclusão digital, classe C ganha poder de consumo e pede adaptação do varejo online.

Esse é só para conhecimento, mas sempre são bem-vindos os comentários...

Fonte: IDG NOW

São Paulo – Beneficiada por estabilidade financeira e inclusão digital, classe C ganha poder de consumo e pede adaptação do varejo online.


Não é todo país em desenvolvimento que vê um grupo do tamanho da população na metropolitana de Nova York ascender de camadas mais baixas e, sustentado pela estabilidade econômica, se tornar a maior classe social do país.

Tamanho não explica totalmente a trajetória da classe C no Brasil nos dois últimos anos, que viu também seu poder de consumo elevado, o que faz do grupo alvo obrigatório para empresas nos próximos anos.

Na internet não é diferente.

Potencializada pelas medidas de inclusão digital adotadas pelo Governo nos últimos quatro anos, a classe C se vê responsável pelos seguidos crescimentos na base de internautas no Brasil e começa a forçar as empresas digitais e repensarem suas estratégias online, antes tão focadas nas classes A e B.

Quem sustenta este crescimento estável, mas também explosivo dessa base desde 2006, quando éramos apenas 14 milhões de internautas? A classe C, responde prontamente Alexandre Magalhães, gerente de análise de mercado do Ibope//NetRatings.

Segundo Magalhães, o crescimento vem “desde 2006, mas agora está se acentuando. Quem está ‘distorcendo’ (os números) para cima, no bom sentido, é a classe C”, afirma.

No total, são cerca de 40 milhões de internautas no Brasil, segundo a Cetelem, sendo que 6 milhões, no mínimo, são da Classe C e entraram na internet nos últimos três anos.

Entre 2005 e 2007, uma conjuntura de estabilidade financeira, aumento do crédito aos menos favorecidos e crescimento nos empregos com carteira assinada fez com que 19,5 milhões de brasileiros entrassem na classe C, tornado-a a maior do Brasil, segundo estudo divulgado pela Cetelem, realizado em parceria com a Ipsos.

Com terreno fértil pela estabilidade econômica, a adoção de computadores, motivada pelo programa Computador para Todos, foi recorde em 2007, com 10,7 milhões de PCs vendidos no Brasil, número maior que as 10 milhões de TV vendidas no mesmo período.

“Com certeza, são 6 milhões de clientes potenciais a mais passando por sua loja”, exemplifica Franck Vignard-Rosez, diretor executivo de marketing, parcerias e novos negócios da Cetelem Brasil. “É irreversível”, sintetiza.

Para Ari Meneghini, diretor executivo da Internet Advertising Bureau (IAB) Brasil, os milhões de novos internautas dão massa crítica para que grandes marcas que antes ignoravam a internet (a rede Casas Bahia é o principal exemplo deste grupo) comecem a se movimentar para não perder na web uma clientela do varejo tradicional.


“A internet vai ter que conversar com estas pessoas. O site do varejista precisa usar o linguajar e as referências daquela pessoa”, explica Mariana Balboni, gerente do Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). “A rede é muito rebuscada. É preciso trazer o universo da população de baixa renda e criar conteúdos com a mesma referência", detalha.

Além da linguagem, há possíveis assimilações digitais de processos que a camada social vem enfrentando nos últimos anos, como a expansão do crédito.

“A maior mudança será o crédito. Esta classe social precisa dele para consumir e hoje são poucas as empresas capazes de oferecer isto de maneira online”, discorre Meneghini.

A renda média disponível por que afirmou à Cetelem que pretende usar a internet para buscar informações de produtos caiu vertiginosamente de 1.041 reais em 2005 para 399 reais dois anos depois.

A “culpa” está, de novo, na integração de milhões de novos consumidores que não contam com a parruda média das classes A e B, o que leva os analistas a considerarem o escorregão no conceito “uma queda boa”.

Ainda que seja a mais representativa, a renda média para informações não está sozinha – o faturamento médio de quem compra online caiu da média de 4 mil reais em 2005 para 3,6 mil reais em 2007.

A queda indica que alguns dos novos internautas já estão virando consumidores digitais, muito embora o gap a ser vencido ainda seja gigantesco – apenas 5% dos brasileiros compraram algo online em 2007, diz a consultoria.

Os 95% que ainda não realizaram compras pela internet fazem com que o potencial do e-commerce brasileiro nos próximos anos se transforme em ouro puro para empresas do varejo, estejam elas na internet ou ainda não.

Com terreno fértil pela estabilidade econômica, a adoção de computadores, motivada pelo programa Computador para Todos, foi recorde em 2007, com 10,7 milhões de PCs vendidos no Brasil, número maior que as 10 milhões de TV vendidas no mesmo período.

“Com certeza, são 6 milhões de clientes potenciais a mais passando por sua loja”, exemplifica Franck Vignard-Rosez, diretor executivo de marketing, parcerias e novos negócios da Cetelem Brasil. “É irreversível”, sintetiza.

Para Ari Meneghini, diretor executivo da Internet Advertising Bureau (IAB) Brasil, os milhões de novos internautas dão massa crítica para que grandes marcas que antes ignoravam a internet (a rede Casas Bahia é o principal exemplo deste grupo) comecem a se movimentar para não perder na web uma clientela do varejo tradicional.


“A internet vai ter que conversar com estas pessoas. O site do varejista precisa usar o linguajar e as referências daquela pessoa”, explica Mariana Balboni, gerente do Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). “A rede é muito rebuscada. É preciso trazer o universo da população de baixa renda e criar conteúdos com a mesma referência", detalha.

Além da linguagem, há possíveis assimilações digitais de processos que a camada social vem enfrentando nos últimos anos, como a expansão do crédito.

“A maior mudança será o crédito. Esta classe social precisa dele para consumir e hoje são poucas as empresas capazes de oferecer isto de maneira online”, discorre Meneghini.

A renda média disponível por que afirmou à Cetelem que pretende usar a internet para buscar informações de produtos caiu vertiginosamente de 1.041 reais em 2005 para 399 reais dois anos depois.

A “culpa” está, de novo, na integração de milhões de novos consumidores que não contam com a parruda média das classes A e B, o que leva os analistas a considerarem o escorregão no conceito “uma queda boa”.

Ainda que seja a mais representativa, a renda média para informações não está sozinha – o faturamento médio de quem compra online caiu da média de 4 mil reais em 2005 para 3,6 mil reais em 2007.

A queda indica que alguns dos novos internautas já estão virando consumidores digitais, muito embora o gap a ser vencido ainda seja gigantesco – apenas 5% dos brasileiros compraram algo online em 2007, diz a consultoria.

Os 95% que ainda não realizaram compras pela internet fazem com que o potencial do e-commerce brasileiro nos próximos anos se transforme em ouro puro para empresas do varejo, estejam elas na internet ou ainda não.

7 comentários:

Edinei Santin disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edinei Santin disse...

Este post ratifica através de dados estatísticos a importância crescente que o comércio eletrônico brasileiro (por meio da internet) vem enfrentando. Ou seja, reforça um dos modelos de negócios sugeridos num post anterior, "Varejo 2.0".

Além disso, a mensagem é bem clara: as empresas que não utilizam este canal com o cliente estão perdendo tempo, e as que já utilizam devem se adaptar a uma nova classe de clientes, os da classe C (cada vez em maior número, mas com um poder de compra menor com relação as classes A e B, principais figurantes desse comércio até então).

Obs.: Prof., algumas partes do post estão repetidas!

Edinei Santin

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Famoso

Unknown disse...

Eu acho que este comércio vai crescer quando houver facilidade de modo de pagamento online e quando muitas pessoas tiverem confiança em comprar pela internet, digo isso porque conheço pessoas que tem medo de fazer compras online, uma boa oportunidade são sites especializados, eu já comprei e vendi através destes sites.
Se por um lado acho inutil emails de propaganda, acho super interessante anunciar em sites e blogs com bastante visita e vender em sites especializados.
Felipe

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A inclusão digital já é fato. Li, em noticia recente, que no Brasil de 100 casas - 24 já possuem computadores. Além de que 57% da população já usou um computador. E porque isso? Porque antigamente, uns 14 anos atrás, no Brasil, só tinha computador pessoas da Classe Média Alta e hoje, qualquer um é capaz de comprar um equipamento como esses. Vejamos a facilidades de pagamentos (24x, 36x, 48x e até mesmo 72x),juros cadentes, além de que novas Empresas de Crédito vem aparecendo e criando oportunidades, cada vez mais fácil, de se obter "dindin".
Pesquisas já apontam que a Classe C tem várias aspiraçoes de consumo, que já vem sendo realizadas. E se unirmos a inclusão digital com a facilidade de crédito... estamos em um oceano de oportunidades. Mas como alguns já comentaram, é necessário sim que as lojas que realizam comércio eletronico sofram adaptaçoes, o mais rapido possivel, trazendo maior confiabilidade na hora da compra, além de garantir a qualidade do produto e atendimento (por ex. troca de mercadoria).
E porque o Estado de São Paulo? Por que lá grande parte de jovens de 14 anos para cima já começam a trabalhar para auxiliar na renda familiar, onde estes já optam por fazer compras na inet, sabendo que normalmente o preço é baixo e ainda existe a comodidade de comprar e receber o produto em sua propria casa.

Alexandre A. Benedetti